sábado, 8 de março de 2014

Um amor em Rye, Inglaterra. (Capítulo 2)

Miranda sentia todo seu corpo tenso, daqui a alguns minutos iria ao quarto de Christopher, conforme tinha combinado com Meg.  Eu pensei que tinha uma família estranha, mas a de Christopher ganhava de qualquer drama Mexicano.  Pedi a Meg que me contasse tudo, não me escondesse nada, e assim ela o fez, as informações que me passou me deixaram atônita, ela tinha ficado grávida de Christopher com apenas quatorze anos e o pai era o próprio marido da mãe, seu padrasto.  

A mãe de Meg em vez de proteger a filha do marido, a incentivou a fugir com o tal do marinheiro quando tinha dezesseis anos e deixar o filho para ela criar com o marido, essa mulher odiosa havia enganado Meg dizendo que estava tudo bem com Christopher ao longo dos anos, sempre respondia as cartas de Meg enviando fotos do filho. Ela dizia que o menino não queria saber de Meg e que era muito feliz. Miranda sentia um embrulho no estomago ao pensar no pequeno Christopher sendo maltratado todos aqueles anos. Meu... pobrezinho.

 Precisava tirar esses pensamentos românticos em relação ao Christopher, aquele homem tinha no lugar do coração uma pedra, e as mulheres para ele eram como mercadorias, coitada de minha amiga, iria ser difícil conseguir o amor do filho. Aquele homem tinha ficado traumatizado e odiava as mulheres por causa de tudo que aconteceu em sua infância envolvendo as mulheres de sua vida.

Meg me contou que depois que perdeu o marido quis voltar para ver seu filho, no entanto foi acometida de câncer nas mamas, que foi combatido por ela, por isso tinha aparência tão maltratada, mas agora queria ter de volta o filho em seus braços, e somente Miranda poderia ajudá-la. 

- Miranda não posso admitir que você faça isso, é um absurdo o que Christopher quer, que tipo de homem ele se transformou? Tudo minha culpa.

- Meg não se culpe, sua mãe era doente, e infelizmente você não poderia saber disso. Falei acariciando sua mão sobre a mesa onde nós duas estávamos  almoçando. Contei tudo que Christopher e  eu conversamos, ocultado lógico a parte da escrivaninha, e Meg não queria me deixar fazer tal coisa.

- Meg, querida, eu nunca tive a oportunidade de ajudar ninguém, e agora eu posso, não se preocupe comigo, sei muito bem me defender, no entanto, preciso da sua ajuda, pois irei trabalhar no hotel. Hoje de manhã ele me viu com um terninho marrom, e uma maquiagem bem mais clara que meu tom de pele e  não me reconheceu.

-  Seus olhos cor de mel e a sua pele dourada irão lhe denunciar a qualquer momento. Disse Meg insistindo em não aceitar meu sacrifício.

- Você pode me ajudar, posso usar uma lente de contato na cor castanha, e preciso de mais terninhos que cubram todo meu corpo, faço a maquiagem pesada no rosto e pescoço, e pronto.

- Você terá que disfarçar a voz também. Falou Meg já começando a concordar com a proposta de Miranda. – Fale um tom mais rouco, e não o deixe se aproximar muito de você quando for Mary.

-Ele não tocará em um fio de cabelo meu. Ele pensa que vai me vencer, mas sou eu que vou vencê-lo, pensei , mas não externei esse pensamento a Meg.

Depois do almoço eu e Meg corremos varias lojas para comprar mais três ternos para que eu pudesse trabalhar , adquiri as tais lentes também.

- Veja esses vestidos são a sua cara vai precisar de roupas diferentes da que você usa para que Christopher não lhe reconheça. Assenti, mas aqueles vestidos eram decotados por demais, mas ela mandou que eu os provasse, seis vestidos caíram como uma luva em mim, Meg disse a vendedora para embrulhá-los e pagou por eles.

- Você vai precisar de sandálias também. Eu vi uma loja que tem ótimos calçados. Vamos até lá menina.
- Meg não posso aceitar... 

- Silêncio Menina. Me interrompeu. – Você está fazendo um imenso sacrifício por mim, portanto é o mínimo que posso fazer por você. sacrifício? Estar com aquele macho alfa, um Deus grego? Meu gigante? Com certeza esse era o maior sacrifico da minha vida. 

Combinamos de que eu me arrumaria no quarto de Meg, para não deixar Julia e tio Richard desconfiados, e lá estava eu me aprontando para ir a suíte de Christopher, escolhi um vestido que parecia de boneca de tão curto, mas todos os vestidos que Meg comprou ou eram muito curtos ou muito decotados, esse pelo menos não deixava a mostra meu colo, ele era em crepe na cor azul royal, com duas faixas pretas na frente caindo nas laterais,  que ficavam presas por um cinto preto em sua cintura, decote canoa logo abaixo do final do pescoço o problema era que o vestido  ficava quase um palmo acima dos joelhos. Sandálias de salto alto na cor preta completava o look. Coloquei uma leve maquiagem, escovei os cabelos rebeldes que soltos teimavam em cair em meu rosto. Pronto, estava na hora de enfrentar o homem polvo, que Deus tenha piedade de mim, e me faça forte. 

- Como você é bonita Miranda, que pernas, eu também na minha mocidade fui muito bonita. Ela se aproximou e me abraçou. – Obrigada pelo que está fazendo por mim. E tenha cuidado, se ele avançar o sinal, volte imediatamente. Eu acredito, apesar de tudo,  que meu filho se comportará como um gentleman. Olhei para o rosto confiante de Meg, não queria decepcioná-la, mas seu filho estava longe de ser tão comportado assim.

Christopher não queria admitir que estava ansioso, mas sabia que Mary cairia em sua armadilha, ela não perderia a oportunidade de conseguir que ele se reconciliasse com sua querida mãezinha e elas fariam qualquer coisa  para arrancar dinheiro dele, Ele mostraria para ela que não se deitava com qualquer prostituta e no dia seguinte expulsaria as duas do seu hotel, no entanto a demora estava o deixando nervoso.  Quem ela pensava que era para deixá-lo esperando, tinha vontade de apertar aquele pescoço comprido, mordê-lo, beijá-lo. Já sentia seu membro criando vida. Que droga de mulher, como podia exercer tanto poder sobre ele. Ouviu as batidas na porta, seu coração deu um pulo no peito, correu para porta, mas parou imediatamente, respirando fundo para recobrar  o bom senso, esperou pelo menos um minuto para abrir a porta, e o que viu o deixou completamente enlouquecido, que pernas eram aquelas? Senhor , essa mulher era um pecado ambulante, cheirava a luxuria. A teria aquela mesma noite, para o inferno com o bom senso!!

6 comentários:

Gostaria de obter dicas para melhor desenvolvimento desse conto. Poste seu comentário.