sexta-feira, 7 de março de 2014

Um amor em Rye, Inglaterra (Final do Capitulo 1)

- Julia!! Gritou Lancaster.

- Pois não Senhor Lancaster. A secretária de Christopher Lancaster já estava acostumada com seu temperamento atípico, o homem era um bruto, mas ela o admirava, por sua inteligência e aquele corpo, senhor que físico.

- Avise ao Richard que quero vê-lo imediatamente e que me traga a lista dos últimos hóspedes que fizeram check-in neste hotel, em um período... deixe me ver... de uma semana para cá. Agora mulher, rápido!! Iria tirar essa história a limpo agora mesmo, pensou, nunca tinha visto aquela mulher antes em seu hotel, só podia ser uma hóspede recente, e precisava, para o bem do hotel, fazer um pedido formal de desculpas, e averiguar como ela foi parar em seu quarto, uma falha de segurança, imperdoável, alguém iria pagar por isso.

Julia saiu como sempre rebolando, que mulherzinha irritante, sua sorte consistia na competência que tinha como secretária, mas não perdia oportunidade de querer enredá-lo, se soubesse o corpo cheio de cicatrizes que ele tinha, já teria parado com essa mania de conquistadora. Somente as prostitutas não reclamavam do que viam, pois eram pagas para isso. Lembrou de sua hóspede, ela parecia que estava muito viva em seus braços e não viu repulsa em seus olhos para seu corpo, muito pelo contrário...

- Bom dia senhor Lancaster, aqui estou. Falou Richard o tirando de seu devaneio.

- A lista que me pediu, a imprimi, o senhor poderia ter visto em seu computador. Assim que proferiu as palavras se arrependeu, seu chefe era muito temperamental.

- Acho que você se esqueceu de com quem está falando Richard?

- Perdão senhor, não foi minha intenção ser insolente.

- Mas foi, e que isso não se repita. Falou já analisando a lista. Anotou dois nomes de mulheres e o numero dos quartos. Só podia ser uma dessas.

- Quero a foto dessas mulheres, até as onze horas em minha mesa, pode ser imagens das câmeras também.

- Algum problema senhor Lancaster?

- Faça o que lhe pedi, sem perguntas, se ainda trabalha comigo, é por causa do seu senso de discrição, por isso, cuidado!

- Certo, deseja mais alguma coisa?

- Onze horas. Disse secamente, sabendo que teria a informação bem antes disso, Richard, seu gerente, era um homem que sabia resolver qualquer tipo de problemas, era seu braço direito.

Ao se afastar Richard pensou o que poderia seu chefe querer com essas mulheres?  Bem não era de sua conta, resolveria o problema como sempre, no entanto um certo detalhe estava deixando-o inquieto, havia feito algo que não condizia com seu código de ética e não sabia até agora por que tinha tirado sua sobrinha da lista que entregou a Lancaster, talvez por medo que ele não gostasse que a tivesse colocado  em uma das suítes  do hotel, precisava tirá-la urgente  e passá-la para o alojamento de funcionários. O problema era que até ontem  não  havia vagas, mas havia resolvido hoje pela manhã, colocou Miranda para ficar no mesmo quarto que Julia, ela não iria gostar, mas por hora seria resolvido desta forma.

Resolveu rapidamente o que o patrão solicitou e subiu até o quarto de Miranda para levá-la para o alojamento.

- Olá Miranda, que moça bonita você se tornou, parece muito com sua mãe.

- Obrigada, tio Richard. Seu tio era muito gentil, educado. Um verdadeiro Lord, era um senhor de estatura mediana, ombros largos e pescoço esticado como o seu, e o de sua mãe, o nariz aquilino e forte, demonstrando uma personalidade forte e honesta.

- Sua mala já está pronta para irmos ao alojamento?

- Sim tio.

- Ótimo. Me diga minha filha, além do Inglês e Português, você fala outra língua?

- Falo também italiano, Francês e Espanhol. Meu pai fazia questão que eu aprendesse o maior número de línguas possíveis, pois achava que eu seria uma garota que  viajaria pelo mundo todo. Senti os olhos ficarem marejados de água. Richard notou sua emoção e procurou continuar o assunto sem demonstrar que havia notado sua fraqueza.

- Muito bom, você irá nos passeios com os guias turísticos e servirá como interprete quando tivermos hóspedes de outras nacionalidades. OK?

- Quer dizer que eu estou empregada? Ficou eufórica.

- Sim, aceita?

- Claro tio. Pulei em seu pescoço e o beijei. Seu tio ficou corado. Sorriu. Esse era o seu jeito brasileiro de ser, os ingleses não estavam acostumados a essas manifestações de carinho e afeto tão freqüentes na população do Brasil.

O quarto que ocuparia com a senhorita Julia era lindo, ela era uma pessoa muito organizada, iríam se dar bem nesse quesito. Além disso era uma mulher muito bonita, uma ruiva alta, bem magra, olhos verdes. No começo não gostou de ter que dividir o quarto com Miranda, mas acabou acatando as ordens do seu Gerente, ele usou a história de órfã pobre para poder convencê-la, ela não gostou muito disso, mas não estava em posição de opinar. O melhor no momento seria o silêncio.

Meg a convidou para almoço, iriam para um ambiente fora do hotel, gostaria de  conhecer alguns pontos da cidade. Estava um pouco cansada e com dor de cabeça, tinha passado boa parte da madrugada se virando de um lado para o outro na cama, lembrando do que aconteceu entre ela e o homem polvo, que coisa!! Como fora tão estúpida em entrar no quarto de outro hóspede, e pelo jeito um hóspede fiel, pois tinha até amiguinhas que frequentavam seu quarto, sentiu ódio da situação. Senhor, essa não sou eu, sai coisa ruim que este corpo não te pertence. Se meu tio souber o que aconteceu... Pensou. Me ajude senhor. Suplicou baixinho. Precisava falar com aquela criatura gigante e pedir seu silêncio, implorar se fosse necessário, mas só o pensamento de vê-lo outra vez já a deixava sem fôlego, aqueles ombros fortes, o peito musculoso, as cicatrizes  o deixavam ainda mais másculo. 

Pulou da cadeira onde estava sentada e tratou de tirar esses pensamentos da cabeça. Logo seu tio iria voltar e levá-la para conhecer o dono do Hotel. Precisava tomar um banho rápido e se vestir, procurou algo bem sombrio para passar a impressão de uma mulher mais velha, algo que escondesse seu corpo, optou por um terno de mangas compridas e calça na cor marrom, pesou a mão na maquiagem, colocando um tom mais claro que sua pele bronzeada para parecer mais com as pessoas da Inglaterra, precisava causar boa impressão naquele que seria seu chefe também. Arrumou o cabelo em um coque no alto da cabeça. Olhou-se no espelho e se assustou com o que viu: uma mulher fria e austera, parecia enorme com aquele terno, e muito mais velha por causa da maquiagem carregada, agora não tinha mais tempo de mudar de figurino, seu tio já batia na porta, apressou-se em calçar os sapatos pretos de salto mediano.

Christopher continuava de péssimo humor, nenhuma das mulheres que estavam na lista era sua garota dourada. Sua garota dourada? Estava louco. Já tinha demitido a camareira irresponsável que havia deixado a garota entrar. Não havia pista dela. Acreditava que realmente podia ser uma prostituta que entrou em seu quarto com a ajuda da camareira, e lógico  foi a camareira quem lhe entregou a chave para despistar. Malditas mulheres, sempre prontas para enganar, traiçoeiras... Isso o levou a Meg, era a pior de todas elas, o abandonou...

- Sr  Lancaster quero lhe apresentar minha sobrinha. Miranda ficou petrificada ao encarar seu futuro ex chefe,  o homem povo em pessoa. Christopher a olhou dos pés a cabeça, e ficou preocupado, não queria desapontar seu gerente, mas aquela mulher era muito estranha para tratar com os hóspedes, será que daria certo essa parceria?

- Para você sou “Sr. Lancaster”, assim como todos os empregados deste hotel me chamam, faremos um período de experiência com você de dois meses, e veremos seu desempenho, seu tio falou que fala Português, Espanhol , Francês e Italiano além do Inglês, correto?

- Sim senhor. Ele não a reconheceu. Que enrascada.

- Por agora é só, seu tio irá lhe passar o horário dos passeios com nosso guia. Seja bem vinda. Qual o seu nome mesmo?

- Miranda. Obrigada, senhor Lan  lan caster. Falei gaguejando. Que Droga. Ele a olhou com impaciência. Homem Polvo. Tentáculos. Tais pensamentos me fizeram corar intensamente. Lancaster a olhou de modo diferente, que tratou logo de sair dali. Seu tio veio logo atrás de dela. Você pode passar o dia hoje de folga e amanhã começa suas atividades. Ok?

- Ok, tio. Falou um pouco trêmula.

- Não se preocupe com o senhor Lancaster, só tente ficar fora do caminho dele. Certo?

- Sim tio. Suspirou, se ele soubesse o quanto próxima estivera de Christopher Lancaster...

Antes de ir almoçar com Meg tinha tirado a maquiagem pesada e trocado o terno por um vestido largo que escondia suas formas. Meg estava muito triste, seu irmão não queria aproximação com ela, na realidade não entendia como Lancaster poderia rejeitar tão agradável senhora, era sua única família. 

- Sabe Miranda, eu sempre tive vontade de ter uma filha como você, uma garota linda, mas você esconde sua beleza, não gosto disso, não irá andar comigo assim, vou dar um jeito em você. Disse Meg decidida.

- Mas Meg. Tentou protestar, no entanto, ela já estava tirando os grampos do coque em meu cabelo, deixando-o cair sobre meus ombros.

- Seu cabelo é lindo, sua pele maravilhosa. Agora vamos ver esse vestido. Tirou a echarpe de seu pescoço e amarrou em minha cintura fazendo o vestido ficar mais curto e delineando assim cintura e quadris.

- Agora sim, temos uma linda mulher. Sorri. Não podia discutir com essa senhora que estava tão triste por causa do irmão.

Quando estavam saindo do hotel, foram surpreendidas por Lancaster.

- Ora, Ora, vejam só a dupla que temos aqui. Falou com o rosto abaixado em direção a Miranda, que gelou imediatamente.

- Meu filho, gostaria de lhe apresentar...

-Não me chame assim. Cortou Lancaster em um tom seco.

-Sua acompanhante fez o dever de casa direitinho, “mamãe” falou grosseiramente. Já nos conhecemos, mas tenho certeza que você já sabe todos os detalhes sórdidos. Não podia acreditar que aquela mulher fosse capaz de tanta baixaria, só podia estar atras de dinheiro. Que dupla. Pensou Lancaster.

- Não pode falar com Meg neste tom, senhor Lancaster. Christopher agora batia palmas para ela.

- Ora, ora, espécie defendendo espécie, saiam as duas do meu hotel, imediatamente.

- Não.  Falou firme.

-Você precisa ouvi-la. Ele levantou as mãos aos céus e saiu em direção ao escritório. Decidido chamar seus seguranças para lançar essas duas na rua. Miranda sentiu seu sangue ferver e foi atrás dele, Meg tentou impedir, mas não conseguiu. Entrou quase junto com ele no escritório batendo a porta atras dela.

- Saia daqui imediatamente. Ele falou nervoso.

- Não. Resmungou, mais uma vez não se reconhecendo em sua ousadia.

- Você vai me ouvir . Apontou o dedo em riste para ele.

- Você é o único parente que aquela senhora tem. Será que não percebe que ela está doente, não vê que uma mulher de quarenta e oito anos, não pode ter uma cara de sessenta. Insinuei aflita, tentando obter o lado da compaixão de Christopher.

-Esse agora é o golpe? Uma doença terminal? Aquela mulher nunca quis saber de mim, e agora está aqui... Parou emocionado. – Vocês duas planejaram tudo muito direitinho, não é? Não sou tolo, és a isca, sei muito bem disso, foi logo se enfiando na minha cama como uma boa prostituta. Christopher jogou as palavras em sua cara, que prontamente foram revidadas com uma sonora bofetada.

- Sua...Christopher avançou sobre mim, os olhos soltando faíscas, meu Senhor o que foi que fiz. Miranda pensou antes de ter seus braços apertados por Christopher e ser puxada bruscamente de encontro ao corpo dele, que colou seus lábios ao dela em um beijo totalmente selvagem, punindo seus lábios por causa da rebeldia demonstrada por ela, apesar da brutalidade dele, seu corpo logo ficou mole, as pernas pareciam gelatinas, suas mãos tinham vida e subiram pelo peito dele enroscando-se em seu pescoço. Christopher a empurrou e seu olhar era atônito, ela loucamente o puxou de volta para seus lábios e ele gemeu sobre eles. Sua mão subiu pelas coxas de Miranda levantando seu vestido, passando por suas nádegas puxando-a mais de encontra ao membro rígido dele.

Aquela mulher em seus braços o deixava fora de si, como poderia uma linda garota como ela se derreter desta forma em seus braços, seus corpos se encaixavam perfeitamente, havia o posto louco, queria colocá-la sobre sua mesa e possuí-la agora mesmo. Ela estava grudada em seu pescoço, empurrou-a em direção a mesa, a levantou pelas nádegas, colocando-a sobre a escrivaninha, abriu suas pernas, tocando-a, sua garota dourada gemia enlouquecida.

- Preciso estar dentro de você, abra as pernas para mim. Falou Christopher, já abrindo as calças. Miranda congelou nessa hora, o que estava fazendo.

- Por favor pare, se não o fizer, depois lamentaremos, não terei forças para lhe resistir. Falei com sinceridade, ainda abraçada a ele. Christopher ficou paralisado entre as pernas dela, muito ofegante.

- Não se mexa garota, pois caso contrário não vou poder resistir. Ele suspirou e se retirou do meio de suas pernas, na mesma hora levantou da mesa e arrumando o vestido. Tentando recuperar a sanidade mental.

Christopher estava de costa para ela, que se aproximou e o tocou em seu ombro.

- Por favor, não me toque, não serei capaz de me controlar...

- Dê uma chance para Meg. Ela precisa de você.

Christopher virou-se lentamente, e me olhou.

- Onde estava Meg quando eu precisei dela? Você viu minhas cicatrizes? Foram feitas pela louca da Mãe da Meg. Miranda suspirou compadecida. Como uma mãe poderia fazer isso a um filho? Questionou-se. Queria abraçar Christopher e retirar todas as dores de sua alma. O que estava acontecendo com ela? De onde vinha esse carinho que sentia por aquele homem?

-Talvez Meg não sabia o que acontecia com você, ela era muito jovem quando foi embora, e a obrigação de lhe dar amor e educar era de sua mãe e não de Meg.

-Não se faça de tola, sabe muito bem que Meg é minha mãe biológica e não minha Irmã. Deixou-me para trás por causa de um marinheiro qualquer. Miranda ficou estarrecida com essa revelação. Então Meg não era tão inocente como pensava. Teria um séria conversa com aquela senhora.

- Não, eu não sabia disso, mas você precisa deixar as mágoas no passado e viver o presente, Meg está lá fora, sua mãe!!! Tentando se redimir dos erros do passado.

- Já é um pouco tarde para isso, não?! Podia sentir a tensão do corpo de Christopher, que vontade de abraçá-lo.

- Me diga seu nome Garota Dourada. Qual o nome da mulher que quase duas vezes fizemos...

- Mary. Interrompi-o. O que ela estava fazendo? Devia ter acabado logo com a farsa e dizer que era a sobrinha de Richard.

-Mary? Ele sorriu sarcasticamente.

– Então Mary, eu não acredito em nada do que me disse, mas vamos fazer um trato, que tal?

-Que tipo de trato?

-Você passa todas as noites em minha companhia e eu passo todos os dias no convívio com minha querida mãezinha. Que tal? Miranda sentiu todo seu corpo latejar, letreiros luminosos em sua cabeça diziam PERIGO, PERIGO. Engoliu em seco.

-E esse acordo envolve Sexo?

-Somente se você quiser. Ele disse sorrindo zombeteiramente. Mentiroso!! Pensou, ele sabia que se a tocasse ela derreteria em seus braços, ou deveria dizer tentáculos? Teria que se revestir de toda força de vontade. O que  estava fazendo? Será que estava louca em ao menos cogitar em aceitar essa ideia?

-Vamos fazer o seguinte, te espero em meu quarto hoje a noite, se aparecer conversaremos sobre os detalhes do nosso trato, e então, amanhã almoço com Meg. Ok? Christopher falou já abrindo a porta do escritório e a empurrando para fora.


10 comentários:

  1. estou gostando......ta ficando quente afff

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    1. Vai ficar melhor, Christopher vai comer na não de Miranda, mas ela vai penar um pouquinho antes disso. kkk

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  2. ai meu paizinho! onde isso vai parar!?wow...tah quente aqui!

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  3. ai meu paizinho! isso tah ficando mega quente!

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  4. Gostei, amiga. Muito bem escrito e sendo em portugues, bem mais gostoso de compreender que os traduzidos. ontinuarei aparecendo para ler mais. Bjo e sucesso.

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    1. Malena fico feliz que tenha gostado. Aguarde novidades.

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  5. Monica como esquentou menina! Não é muita informação para um capitulo só?
    Onde isso vai parar? Eu quero saber!
    Fiquei curiosíssima!

    Bjos.

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  6. MONICA,ESTOU AMANDO,COMECEI LER E NÃO CONSIGO MAIS PARAR.A COISA FICOU QUENTE,MIRANDA É DAS MINHAS.

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