quinta-feira, 6 de março de 2014

Um amor em Rye Inglaterra (terceira continuação do capítulo 1)

Não devia ter deixado Meg me convencer a tomar todo aquele vinho, não estava acostumada e parecia que Meg gostava muito de bebidas. Pensou Miranda, após muitas taças quase não conseguiu jantar, estava sem fome, mas admitiu que o álcool a deixou bem mais alegre e fazia esquecer a dor da perda, agora subindo para o quarto estava literalmente trocando as pernas, a camareira estava saindo do quarto quando entrou, ela balbuciou:

- Você não é o tipo de pessoa que vem a este quarto... Não entendeu o que ela quis dizer com aquilo, ao entrar no quarto notou que parecia diferente,  maior  e aquela cama maravilhosa estilo medieval com dossel, com certeza não estava ali quando saiu para jantar com Meg. Nossa eu estou muito bêbada mesmo, pensou, pediu a camareira para lhe deixar a sós precisava tirar a roupa urgente e cair na enorme cama. Nossa que cama grande!! pensou enquanto tirava as roupas que  foram parar no chão, assim como o elástico que cobria as madeixas, foi para cama somente de calcinha lilás, bem ao estilo das brasileiras, sorriu e sentiu tudo rodando, dormiu assim mesmo, sem pensar em nada.

Christopher Lancaster estava terrivelmente aborrecido quando subiu a seu quarto, Meg estava de volta, era a segunda vez que ela tentava uma aproximação com ele. Apesar de tudo não queria vê-la, sempre sentiu mágoa por ela tê-lo abandonado com seus parentes, parecia que o ódio que eles sentiam por ela foi todo descontado nele, uma pobre criança indefesa, vitima de pessoas cruéis, esses fantasmas de seu passado ainda o atormentavam. Eles o castigavam tanto emocionalmente como no seu físico, possuia muitas marcas para lembrar dessa época, tantas marcas que o obrigaram a se tornar um homem recluso que vivia a margem da sociedade. Quando tinha apenas 14 anos o patriarca da família veio a falecer, logo depois sua viúva casou com um homem bondoso que começou a corrigir os erros da esposa com Christopher, até hoje ele não entendia como um anjo como aquele pôde se casar com o demônio que era aquela mulher, e foi por causa desse anjo que foi colocado em sua frente que sua vida mudou, ele transformou aquela arquitetura no melhor hotel de Rye e lhe ensinou tudo para ser um bom hoteleiro, mas com o passar do tempo seu padrasto descobriu que aquela mulher era um demônio e não demorou para se envolver com outra, uma jovem adorável e linda.

Um dia sua mãe chegou misteriosa, parecia que o próprio demônio tinha criado vida através dela. Aquele dia foi uma tragédia em sua vida, ela havia descoberto  a traição dele e o envenenou, logo em seguida ela também tomou o veneno. Os dois foram encontrados na manhã seguinte pela camareira, deitados lado-a-lado, sem se tocarem, depois disso decidiu levar aquele empreendimento a frente com todas as informações que lhe foram passadas por seu padrasto.

E no meio de todo esse problema onde estava Meg? Nunca veio lhe confortar,  apoiar, mas ele ergueu um dos melhores hotéis de Rye, além disso também tinha o restaurante que era o mais caro e famoso do lugar, no entanto a reclusão de Christopher era latente, odiava as mulheres, todas eram venenosas, falsas e maldosas.

Ao entrar no quarto se surpreendeu, uma mulher estava deitada em sua cama, havia avisado madame Sophie que não queria nenhuma de suas garotas por algum tempo, pois a ultima lhe deu uma enorme dor de cabeça, aquele diabo de mulher iria se ver com ele na manhã seguinte. Pensou. Ele iria mostrar quem mandava e quem obedecia.

Olhou para a mulher em sua cama, que pele maravilhosa, um tom dourado, e aqueles cabelos cheios e ondulados que estavam espalhados por todo o travesseiro e caiam em cascatas em suas costas nuas, e que costas, sentiu uma fisgada na virilha.

–Droga!! Exclamou, aquela com certeza devia ser uma de suas meninas novas, devia ser estrangeira. – Deus que curvas. Pensou. Uma diaba isso sim, tirou as botas e foi para o banheiro, uma boa ducha iria acalmar seu ânimos. O que madame Sophie estava pensando, que iria consegui-lo como cliente de novo com aquela linda espécime?? Estava muito enganada. Ou não, pois não conseguia parar de pensar naquela diaba em sua cama. Praguejou.

Quando saiu do banheiro ainda se enxugando notou que a criatura havia mudado de posição, agora estava de barriga para cima com os seios a mostra, e que seios, bem maiores que a maioria, sem ser demasiadamente grande, não podia negar que a mulher era maravilhosa, uma das pernas dela estava caída para o chão, fazendo que suas pernas ficassem ligeiramente abertas.

– Droga!! Mil vezes Droga!!! Foi até seu lado e levantou sua perna colocando-as bem juntas sobre a cama, isso foi sua perdição, ao tocar em sua pele aveludada, seu corpo ficou todo em chamas, ao inferno, a teria agora mesmo, afinal ela estava lá para isso mesmo, para servi-lo sexualmente.

Miranda sentia que estava sobre águas, mas eram águas geladas que a faziam tremer, estava só, seu pai que estava a margem da cachoeira onde se encontrava havia sumido, sua mãe também, olhou para os lados e não conseguia sair da água, estava muito fria, parecia que seu sangue estava congelando em suas veias, de repente, ela o viu, misto de homem e de peixe tinha os braços mais forte que já vira, seu corpo era todo musculoso e coberto de cicatrizes, ele vinha em sua direção e por incrível que parecesse,  esperava ansiosa que ele lhe tomasse em seus braços e a tirasse daquele gelo. E ele o fez,  pegou-a no colo lhe deitou a margem, no chão de areia, as mãos dele a deixavam em brasa, as sentia por todo o meu corpo, onde estava aquela geleira que sentia anteriormente? Agora só havia chamas, calor, brasa, queria as mãos dele sobre seu corpo, ele parecia um polvo, cheio de tentáculos por todo o corpo de Miranda, que sensação maravilhosa e aterrorizante ao mesmo tempo. A boca dele se apossou da sua, isso a enlouqueceu ainda mais, mas havia algo estranho, não sentia mais a areia em seu corpo e sim lençóis de cetim. O que?! Saiu da inércia que estava seu corpo e acordou lentamente, ficou aterrorizada quando sentiu mãos selvagens em seus seios e uma boca carnuda sobre a sua, gritou e mordeu a criatura, Polvo, Homem-Peixe, sei lá o que ele era, sonho que virou pesadelo!! Pulou da cama puxando o lençol de cetim e a criatura caiu no chão blasfemando. Que boca suja ele tinha.

-Senhor se não sair do quarto imediatamente, vou gritar que todo esse hotel irá abaixo. O homem me olhou com desdém, minhas madeixas teimavam em cobrir seu rosto,  tentava controlar seus cabelos e manter o lençol enrolado ao corpo.

- Que joguinho você está fazendo garota? Esse quarto é meu, se tem alguém que irá sair, será você. Falei  para madame Sophie não enviar mais suas prostitutas, mas ela achou que eu iria gostar de você, pois bem diga a ela que se enganou. Miranda não estava entendendo nada, com muito medo olhou ao redor, e percebeu que o engano era seu, estava no quarto errado, Deus, não deveria ter bebido, e quando entrou nesse quarto a porta estava aberta pela camareira, tentou lembrar o que ela disse, algo sobre tipo de mulher. Pensou. não!!!

- Senhor houve um terrível engano. Tentou explicar mas o homem pulou em sua frente a agarrou pelos pulsos fazendo com que o lençol de cetim caísse, na mesma hora sua expressão de raiva mudou, parecia embevecido, mordeu os lábios carnudos, olhou para os lábios dela com desejo, e Miranda tinha que confessar, apesar de aterrorizada, se sentia hipnotizada por aqueles olhos verdes, os cabelos loiros, a barba por fazer, ele não era bonito, era forte, tipo homem com H, ele era enorme, muito maior que a maioria dos homens, seu corpo era coberto por pequenas cicatrizes, seu magnetismo a fazia querer colar seu corpo ao dele, Não!!! Precisava sair dali urgente, algo se apossou do seu corpo e da sua mente, pois aquela não era ela mesma, definitivamente.

Christopher não sabia se a beijava e a jogava sobre a cama ou a colocava para fora agora mesmo, a primeira opção venceu, e ele a beijou selvagemente, colou o corpo ao dela sentindo cada centímetro de seu corpo dourado, ficou enlouquecido, nunca tinha se sentido assim com outras prostitutas, não, isso era perigoso demais, com todas as suas forças a empurrou.

- Saia daqui!! Agora!! Gritou ofegante. Miranda deu um passo em sua direção, a culpa era do magnetismo. Que droga!! Deu um pulo para trás e ia dizer algo, mas ele juntou suas roupas a pegou pelo braço e a empurrou para fora do quarto jogando suas roupas. Que humilhação. Bateu na porta do quarto de novo.

– Senhor!!

Christopher voltou a si, e lembrou que isso poderia ser um escândalo em seu hotel e trazer conseqüências nada agradáveis, abriu a porta e puxou para dentro.

- Você não desiste, não é? Falou olhando bem dentro dos olhos de Miranda.

-Eu só queria pegar minha chave?

-Chave? Ele olhou em volta e avistou a chave no criado mudo. Deus, ela era uma hospede. E como foi parar em seu quarto? Antes que pudesse balbuciar qualquer palavra ela já tinha pego a chave e corrido corredor a fora como se estivesse fugindo do próprio diabo. 

5 comentários:

  1. Boa tarde Monica

    Acabei de lêr o seu conto que acho que sim, têm muito potencial, mas na minha modesta opinião,e quero que saiba que vale o que vale, não sou uma expert no assunto, mas acho que exitem muitas palavras repetitivas, quer dizer deveria arranjar sinónimos para as mesmas exemplo:
    Não devia ter deixado Meg me convencer a tomar todo aquele vinho, não estava acostumada e parecia que Meg gostava muito de vinhos, após muitas taças quase não consegui jantar estava sem fome, mas devo admitir que o vinho .....
    Neste paragrafo a palavra vinho aparece 3 vezes.
    Eu teria escrito assim
    Não devia ter deixado Meg me convencer a tomar todo aquele vinho, não estava acostumada e parecia que Meg gostava muito de alcool, após muitas taças quase não consegui jantar estava sem fome, mas devo admitir que o todo aquela bebida me deixou bem mais alegre e me fazia esquecer a dor da perda .....

    Querida não fique ofendida, mas é a minha opinião.
    Abraços
    Mimi Esteves

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    1. Mimi, vc me ajudou bastante com suas dicas, foi para isso que fiz o blog, para que vocês possam me ajudar e de forma alguma fiquei ofendida e sim feliz por suas observações. farei as alterações. Obrigada, sua opinião é muito importante para mim. Valeu.

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  2. Ai!!! Monica gostei mas...
    Não sei, acho que tem muita informação para o primeiro cap. ou esta mal distribuída, ex. os detalhes da Meg poderia ser explicado pelo Christopher
    ao longo da estoria. Mas só percebi isso porque li muitas vezes para dar uma opinião.Adoro ler amei a estoria quero ler os outros cap.
    Um abraço não sei se ajudei?

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  3. Obrigada Sueli por sua contribuição. Estarei fazendo uma nova postagem hoje. Bjs.

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  4. Oi Monica,
    Uau gostei, gostei muito. Está esquentando e isso é muito bom. Tomara que vc possa ter mais ideias para esquentando mais historia.

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